Acidentes infantis: 14 crianças são internadas por hora no Brasil

Em 2024, mais de 121 mil crianças e adolescentes de até 14 anos foram internados no Brasil em decorrência de acidentes domésticos e externos. Isso representa uma média de 334 hospitalizações por dia – ou aproximadamente 14 internações por hora.
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Os números fazem parte de um levantamento realizado pela Aldeias Infantis SOS, a partir de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde.
Principais causas de internação
As quedas aparecem como o motivo mais recorrente, com 44% dos casos (54.056 internações). Em seguida estão:
Queimaduras: 19% (23.412 casos)
Acidentes de trânsito: 10% (12.196 casos)
Intoxicações: 3%
Afogamentos: 0,21%
Sufocamentos: 0,48%
Armas de fogo: 0,07%
Em relação a 2023, houve crescimento de 2,2% no total de internações, com destaque para os aumentos em afogamentos (+11,8%), sufocamentos (+11,2%) e acidentes de trânsito (+7,8%).
Mortes e principais riscos
O estudo também analisou os dados de 2023 sobre mortalidade infantil por acidentes: foram 3.398 óbitos de crianças até 14 anos – uma média de nove mortes por dia.
As principais causas foram:
Sufocamento: 30%
Acidentes de trânsito: 26%
Afogamentos: 26%
O levantamento aponta ainda crescimento de 20% nas mortes por armas de fogo e de 8% nos acidentes de trânsito e afogamentos.
Faixa etária mais atingida
A faixa entre 10 e 14 anos concentra 36% das internações, seguida por crianças de 5 a 9 anos (35%) e de 1 a 4 anos (23%). Bebês de até 1 ano representam 5% dos casos. Segundo especialistas, a maior autonomia das crianças a partir dos 5 anos aumenta a exposição a riscos.
Como prevenir acidentes
Entre as medidas de prevenção recomendadas pela Aldeias Infantis SOS e pelo Ministério da Saúde estão:
Evitar objetos pequenos (clipes, moedas, botões) ao alcance das crianças;
Utilizar barreiras de proteção em escadas, janelas e varandas;
Nunca deixar crianças sozinhas em banheiras, piscinas ou tanques;
Transportar bebês no bebê conforto e crianças maiores na cadeirinha até 7 anos e meio;
Manter produtos de limpeza e medicamentos fora do alcance;
Usar as bocas de trás do fogão e virar os cabos das panelas para dentro;
Colocar protetores em tomadas e supervisionar o uso de aparelhos quentes.
Fonte: Ag. Brasil
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