Nascido em Nova Timboteua, no Pará, em 1983, e atualmente residente em Belém, Eder Oliveira tem consolidado uma trajetória artística marcada pela força da identidade amazônica. Desde 2004, seu trabalho se dedica a investigar as relações entre retrato e identidade, tendo o indivíduo amazônico como centro de suas criações.

Inspirado em fotografias, textos e experiências próprias, Eder constrói universos que refletem tanto a beleza quanto as contradições de sua região. Suas obras, muitas vezes, trazem à tona imagens de pessoas detidas pela polícia e expostas em jornais, além de paisagens que se tornam retratos sociais e resgates de personagens históricos. A proposta é clara: provocar reflexões sobre a imagem, a violência em suas diversas formas e os processos de construção histórico-social coletiva.

Reconhecimento além das fronteiras

Atualmente, o artista é representado no Brasil pela Mitre Galeria, em São Paulo, e no exterior pela Galerie Voss, na Alemanha, e Reiners Contemporary Art, na Espanha. Seu trabalho percorre múltiplos suportes, como óleos sobre tela, intervenções e projetos site-specific, sempre mantendo como eixo a discussão sobre identidade e memória.

As exposições individuais de Eder incluem “Pequenos Contratos Sociais” (Mitre Galeria, São Paulo, 2025), “Opposition” (Galerie Voss, Düsseldorf, 2022), “Efeito” (Casa das Artes, Belém, 2019), além de mostras emblemáticas em Belo Horizonte, São Paulo e Alemanha. Sua trajetória também se fortalece em participações em grandes coletivas, como “Delírio Tropical” (Pinacoteca do Ceará, 2024-25), “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” (CCSP, 2023-24), “Bienal das Amazônias” (Belém, 2023), “37º Panorama da Arte Brasileira” (MAM-SP, 2022-23) e a histórica participação na 31ª Bienal de Artes de São Paulo (2014).

Orgulho das raízes

Apesar do reconhecimento internacional, Eder não deixa de reafirmar a importância de sua origem. A experiência de ter nascido em Nova Timboteua e de viver na Amazônia moldou não apenas sua sensibilidade, mas também o compromisso em dar visibilidade àqueles que, muitas vezes, permanecem à margem dos olhares sociais.

Sua obra é, ao mesmo tempo, denúncia e celebração, retrato e espelho, memória e futuro. Um caminho que reforça a potência da arte amazônica no cenário global sem perder o elo vital com o território de onde brotou.

Eder Oliveira é nosso DESTAQUE deste mês.

Conheça EDER em INSTAGRAM OFICIAL